quarta-feira, 8 de junho de 2011

NEM O "LIXÃO" ESTÁ IMUNE

 Imparcialidade: bem que tentei, juro que tentei. 
Buscar apenas textos teóricos: tentei. 
Ver tudo de uma maneira mais ampla: tentei.
           
Porém:



            Estive em uma conversa com o vereador Jourival Félix Carneiro essa noite, dia 08 de junho de 2011, e tive acesso a uma gama de material estarrecedor. Algo que compromete muito a imagem da saúde de nossa cidade.
            Já não é segredo nenhum para a população de nosso município o fato de nosso lixo hospitalar ser jogado no “lixão” de nossa cidade, já que foi transmitido pela rede de televisão paranaense alguns erros. Porém me entristece mais ainda o fato das edições feitas pela rede televisiva serem brandas, onde foi apresentada apenas de um modo geral, sem ter sido feita uma matéria coesa, ou realmente esclarecedora, sem maiores pormenores para a população.
            Ao assistir a transmissão, o telespectador pode ter achado que realmente o que foi apresentado tenha sido apenas um mero erro do pessoal do hospital - já que nosso poder executivo chegou a se referir dessa forma quanto ao ocorrido - onde disse que houve um erro dos funcionários do hospital, e o material que deveria ter sido encaminhado a uma empresa que recolhe esse tipo de lixo foi erroneamente colocado, “ou jogado”, entre detritos que realmente poderiam ir para o lixo comum.
            Ao analisar com meus próprios olhos, notei que havia restos dos sacos plásticos pretos, desses comumente encontrados em residências, e quero que o leitor não ache que estava enegrecido por conta do fogo. Havia uma real intenção em esconder o material presente dentro desses sacos. Outro fato que merece destaque para demonstrar que essa ação da ida do lixo hospitalar para o lixão é algo corriqueiro é o fato de não haver apenas um foco de queimada de lixo hospitalar, mas sim, segundo o vereador Jori, haver vários, tanto que ele me explicou que o material recolhido por ele foi extraído de mais do que um local.
            Outro ponto interessante em minha conversa com o vereador Jori, e digo desde já que este também tem a necessidade de descartar seu lixo corretamente, ou de uma maneira especial, pois possui um consultório odontológico, foi o fato de haver uma empresa que recolhe tanto o lixo do vereador citado, quanto do hospital municipal de nossa cidade (a nota apresentada na foto é dessa empresa que atende a ambos). Há uma quantia em peso que essa empresa deve receber segundo um contrato firmado. Não estou afirmando, porém pode ser que tenha havido excedente em peso e este tenha sido mandado para a queima no “lixão”.
            Por fim, posso dizer que o ocorrido em nosso “lixão” deve acarretar multa, ou seja, o assunto ainda não está terminado apenas com o fim da ida do material hospitalar para o “lixão”. Ainda haverá mais detalhes a serem resolvidos, quem irá arcar com isso ainda é uma incógnita.
Acho ótimo que nossa cidade esteja caminhando por esse rumo, onde há uma contestação a respeito do que está errado, e espero que realmente ocorram mudanças, para que no futuro tenhamos uma cidade melhor, e que em locais onde hajam pessoas trabalhando não ocorra o risco de contaminação por: gazes que possam estar infectadas, algodões que possam estar infectados, seringas que possam estar infectadas, agulhas que possam estar infectadas, vidros de vários medicamentos - muitos que eu pude analisar ainda continham líquidos, como um frasco da vacina de H1N1 – recipientes para soro, luvas, etc.
Não desejo que haja injustiças quanto ao andamento dessas reivindicações de nossa cidade, espero apenas que o correto prevaleça. Espero também que a população saiba crescer realmente, e que isto não se torne apenas um jogo político, como já é comum em nossa cidade.


obs: O vereador Jori me informou que o material que dispõe será descartado dentro dos padrões corretos, já que ele tem acesso a isso.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

POR QUE A LEITURA?

*Enéas Carneiro foi candidato à presidência do Brasil por três vezes, sendo depois o deputado federal mais votado da história. Suas idéias causavam estranheza a muitas pessoas, admito que não era completamente a favor de suas idéias políticas, porem reconheço a sua trajetória e seu conhecimento.

Na tarde do dia 01 de junho de 2011, estava na rodoviária de nossa cidade. Um antigo morador, senhor Ércio, ou Nenê Barbeiro, como é conhecido, estava conversando comigo. Enquanto conversávamos passou uma mulher por nós e não disse nada. Então o senhor Ércio falou: “Como que as pessoas são sem educação hoje em dia, passam por nós e nem dão as horas”. Interessante notar que isso demonstra parte das transformações pelas quais passa a nossa cidade, uma cidade interiorana e pacata, ou que já tenha sido pacata..
            Já me referi em um post sobre o habito do são-joanense de “copiar” cultura de outros lugares, talvez esse tipo de ação também seja cópia de outros lugares, pois aqui já existiu educação. Podemos falar que hoje há uma “moda” em não ter alguns princípios básicos de respeito para com o próximo.
            Até o momento me referi apenas sobre um não cumprimento, porém há várias outras coisas que transformam a relação, que um dia já foi amigável, em um tipo de egoísmo absurdo, digo isso quanto à nossa cidade. Não há mais o respeito dos jovens para com os mais velhos, não há mais o respeito familiar, não há mais o respeito para com o que é dos outros, não há mais o respeito pelos bens públicos, e caso quisesse poderia escrever várias linhas sobre a falta de respeito de nossa população.
            Algo que poderia melhorar a situação a qual me refiro, seria o conhecimento. Que palavra tão falada, porém tão pouco usada. Tenho certeza que vários dos leitores preferem assistir ao final de um Big Brother, em detrimento a ler um bom livro. A leitura é uma das melhores formas de adquirir conhecimento. Não digo que a televisão não possa nos transmitir algo de útil, porém 99,9% da programação é feita de “conteúdos sem conteúdo”, ou seja, somente disseminam o que popularmente conhecemos como “burrice”.
            Quanto a essa falta de amor pela leitura, alguns amigos leitores do blog Kaiowa assumiram que tiveram “preguiça” em ler um post completo. Como querer transformar o Brasil se a população é alienada e não procura quebrar as correntes pelas quais está presa?
            Está em construção ao lado da prefeitura de nossa cidade, uma biblioteca, assumo que ainda não estou completamente interado quanto à funcionalidade dessa, porém se tratando de uma biblioteca para a população, sei que muitos não farão uso dela. A nossa biblioteca municipal é um exemplo, excluo desse grupo os alunos da escola municipal, de que ambientes para a leitura recebem poucos freqüentadores em São João do Caiuá. Assumo que não a visito, pois prefiro ter os livros para mim, para que eu possa ler, grifar e poder ler novamente no momento em que eu desejar, assim prefiro comprar livros ao invés de emprestá-los na biblioteca. Só que sei que poucos aqui compram livros.
            Algumas vezes quando não estou em aula, e estou lendo um livro na escola, algum aluno vem perguntar se eu vou ler o livro todo, acho triste ao invés de engraçado, pois demonstra a falta de afinidade dos jovens para com os livros. Acho triste também quando procuro conversar com um aluno sobre o habito de leitura, assumo que alguns poucos apreciam a leitura, porém a grande maioria não leu em toda a sua vida o que eu li no ultimo mês.
            Na competição a qual fez parte a nossa cidade, “O Dia do Desafio”, caso o intuito da competição fosse alguns minutos de leitura ao invés de exercício físico, acredito que não haveria a mesma participação da população.
            Outra coisa que atrapalha para um desenvolvimento intelectual de nossa cidade, mas isso pode ser abrangido a nível nacional, é o fato dos números serem considerados superiores às letras, digo isso, pois geralmente considera-se alguém que tem facilidade com o calculo superiores em inteligência em relação com aqueles que possuem afinidade com a leitura. Caso a população realmente buscasse se interar dos problemas sociais, e não digo apenas por “fofocas”, poderia realmente haver mudanças, pois como diz o Enéas, que somente o conhecimento liberta, não há mais nada.
            Deixo aqui apenas uma forma de desabafo, onde gostaria que houvesse respeito novamente, e conhecimento, algo que é indispensável para nós, caso realmente desejemos mudanças. Este conhecimento, somente atingiremos pela leitura, quem sabe ai, com uma população mais instruída, poderíamos nos libertar, construir uma sociedade mais justa e segura.